Havia um forte receio entre as autoridades responsáveis pela formação da Força Expedicionário Brasileira (FEB) a respeito da motivação dos soldados. Muitos convocados oriundos das regiões rurais tinham pouca ou nenhuma noção a respeito das razões que haviam levado o Brasil a entrar em guerra. Poucos soldados conheciam algo sobre a Alemanha, e um número menor ainda, sabia claramente os motivos pelos quais se fazia necessário guerrear contra o Nazismo.
Enquanto os soldados partiam para uma terra estrangeira para lutar em prol da democracia, no Brasil, o então presidente Getúlio Vargas empreendia o fechamento de seu regime por meio de um aparato legal e institucional muito semelhante aos dos países fascistas. Tal processo político culminou em um golpe de Estado, em 1937, que deu origem ao Estado Novo, ou ditadura Vargas, que durou até 1945.
Após o torpedeamento de vários navios brasileiros por submarinos alemães e italianos o Brasil alia-se contra os nazifascistas. Essa estranha situação levou muitos membros da FEB a se questionarem sobre o sentido de defender a democracia no além-mar uma vez que em seu próprio país não existia liberdade política.
Alguns já eram soldados. Outros tinham acabado de receber a notícia da convocação. Eram, em sua maioria, jovens de origem humilde. Gente que estava acostumada a trabalhar duro para sobreviver. Na vida civil suas profissões eram as mais variadas: operários, lavradores, estudantes, empregados do comércio e funcionários públicos, que agora se viam obrigados a mudar de uniforme.
Toda a campanha travada na Itália se caracterizou por tomadas de matas, colinas e montanhas das mãos dos alemães, grandes conhecedores do terreno. Esse não era o caso da FEB. No Brasil, nunca havia sido realizado nenhum treinamento ou instrução sobre guerra de montanha. Os agasalhos trazidos do país não se mostraram adequados para suportar o rigoroso inverno e os brasileiros tiveram que aprender na prática como sobreviver e combater em terreno italiano.
Em setembro de 1944, os primeiros pelotões rumaram ao front. Como os brasileiros costumavam dizer na Itália, o momento não era adequado para se “dar sopa no morro”.
A webserie “Heróis”, conta as histórias dos pracinhas Geraldo Baêta da Cruz (José Roberto Pereira), Arlindo Lúcio da Silva (Leonardo Fernandes) e Geraldo Rodrigues de Souza (Adriano Gilberti), se mistura a outras histórias, baseadas em fatos reais, de soldados combatentes da II Guerra Mundial. Essa mistura dá luz ao enredo de “Heróis”.
Para conhecer mais sobre esta incrível obra, acessem os links abaixo:
Site Oficial: http://www.heroisdafeb.com.br/
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